sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Colegas cursistas, postei este artigo retirado da Internet, pois diz o que realmente precisamos saber a cerca de projeto, currículo e tecnologias.
A INTRODUÇÃO DA INFORMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR
Prof. José Junio Lopes
A Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.
Houve época em que era necessário justificar a introdução da Informática na escola. Hoje já existe consenso quanto à sua importância. Entretanto o que vem sendo questionado é da forma com que essa introdução vem ocorrendo.
Com esse artigo pretendo discutir alguns pontos, de suma importância, que possam gerar uma reflexão sobre a introdução da Informática na escola, como: o ser humano e a tecnologia, Informática x currículo, o processo de introdução da Informática, a função do coordenador de Informática.
II - O Ser humano e a Tecnologia
Segundo FRÓES: “A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia.... Facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam...”
A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo. Vivemos num mundo tecnológico, estruturamos nossa ação através da tecnologia, como relata KERCKHOVE, na Pele da Cultura “os media eletrônicos são extensões do sistema nervoso, do corpo e também da psicologia humana”.
De acordo com (FRÓES) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.”
BORBA (2001) vai um pouco mais além, quando coloca “seres-humanos-com-mídias” dizendo que “ os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas técnicas.” ( p.46)
Dessa mesma forma devemos entender a Informática. Ela não é uma ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo. Quando a usamos, estamos sendo modificados por ela.
III - Informática x Currículo
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada.
Entretanto esse assunto é polêmico. No começo, quando as escolas começaram a introduzir a Informática no ensino, percebeu-se, pela pouca experiência com essa tecnologia, um processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia dar essas aulas? A princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade.
Com o passar do tempo, algumas escolas, percebendo o potencial dessa ferramenta introduziram a Informática educativa, que, além de promover o contato com o computador, tinha como objetivo a utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.
Entretanto esse apoio continuava vinculado a uma disciplina de Informática, que tinha a função de oferecer os recursos necessários para que os alunos apresentassem o conteúdo de outras disciplinas.
Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas. E o que se percebe?! Percebe-se que a maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Cerceiam assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo e perdem a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.
A globalização impõe exigência de um conhecimento holístico da realidade. E quando colocamos a Informática como disciplina, fragmentamos o conhecimento e delimitamos fronteiras, tanto de conteúdo como de prática. Segundo: GALLO- (1994) “A organização curricular das disciplinas coloca-as como realidades estanques, sem interconexão alguma, dificultando para os alunos a compreensão do conhecimento como um todo integrado, a construção de uma cosmovisão abrangente que lhes permita uma percepção totalizante da realidade.”
Dentro do contexto, qual seria a função da Informática? Não seria de promover a interdisciplinaridade ou, até mesmo, a transdisciplinaridade na escola?!
IV - Informática e Aprendizagem
JONASSEN (1996) classifica a aprendizagem em:
Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento, e o papel do aluno é receber esse conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor;
Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia é objeto de aprendizagem;
Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO);
Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas que o apóiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Nesse caso a questão determinante não é a tecnologia em si mesma, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a sobretudo, como estratégia cognitiva de aprendizagem.
(MARÇAL FLORES - 1996) “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.”
“As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação.” SANTOS VIEIRA
De acordo com LEVY (1994), "novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada.
Para finalizar, BORBA (- 2001) que: “O acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma “alfabetização tecnológica” . Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E , nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.”
V - Os Professores e a Informática
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra! O professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
GOUVÊA “O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas...”
Más, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, devemos segundo FRÓES “mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional.”
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações.
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o processo o pedagógico.
VI - Os momentos do processo
Vamos observar o processo de introdução da Informática no ambiente escolar através de vários momentos. Muitos devem estar pensando que é pretensão minha dividir esse processo em momentos. Mas o que estou tentando é pontuar alguns desses momentos; além do mais, penso que seja necessária essa visão, para podermos ter a idéia de processo que nos oriente nessa trajetória.
Nesse processo podemos destacar quatro momentos, que apresentam características bem definidas. Não existe, aqui, o objetivo de delimitar cada momento, pois nós, professores, podemos vivenciar características de vários momentos, apesar de sempre um predominar.
Sabemos que, nos dias de hoje, qualquer pessoa deveria, no mínimo, saber manipular um micro; infelizmente essa não é nossa realidade. Os professores atuais estudaram em uma época em que a Informática não fazia parte do dia-a-dia, e, dentre os professores que estamos formando para o futuro, pouco estão sendo preparados para mudar essa realidade.
Ao introduzir-se a Informática educativa, percebe-se um primeiro momento, no qual o professor reproduz sua aula na sala de Informática. É o momento durante o qual a preocupação central é observar a ferramenta.
Esse momento é muito importante e não se deve forçar o professor a uma mudança de atitude diante da potencialidade expressa pelo computador. É o momento do contato, de domínio, em que ele precisa estar seguro diante introdução da Informática. Segundo PENTEADO (2000) : “ Professores devem ser parceiros na concepção e condução das atividades com TI ( Tecnologias Informáticas) e não meros espectadores e executores de tarefas.” O importante é que o professor se sinta como uma peça participativa do processo e que a aula continua sendo dele, apesar de ser preparada, na sua forma, por um instrumento estranho ou por outra pessoa. Nesse momento ele observa a Informática como um novo instrumento, um giz diferente! E usa, com mais freqüência, os softwares educacionais existentes na praça.
A mudança ocorre, quando o professor perceber que pode fazer mais do que está acostumado; é o momento em que ele começa a refletir sua prática e percebe o potencial da ferramenta. Nesse momento o professor está vulnerável as mudanças. Ele vai da defesa para a descoberta. É o momento propício para o coordenador de Informática sugerir modificação na sua prática pedagógica.
Nesse segundo momento, as mudanças ocorrem mais na forma de trabalhar a aula. Agora existe uma preocupação de explorar a ferramenta, para ajudar no processo de aprendizagem. É nesse momento que surgem os softwares de autoria, os simuladores e os projetos dos alunos, mas o professor ainda não consegue transcender sua aula. A preocupação se dá ainda com o conteúdo da sua disciplina. Mas, agora, aparece um novo elemento: o descobrir leva a um desafio constante, que leva a sua preocupação para o processo de aprendizagem.
O terceiro momento é marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela interdisciplinaridade, existe uma busca de alternativas para tentar reorganizar o saber, dando chance ao aluno de ter uma educação integral.
Entretanto é o momento em que o professor precisa de um apoio da coordenação ou, até mesmo, da direção. É o momento em que necessita de um projeto pedagógico da Escola, a fim de trabalharem juntos.
Diz Ivani Catarina Arantes FAZENDA: “A atitude interdisciplinar não está na junção de conteúdos, nem na junção de métodos; muito menos na junção de disciplinas, nem na criação de novos conteúdos produtos dessas funções; a atitude interdisciplinar está contida nas pessoas que pensam o projeto educativo. Qualquer disciplina, e não especificamente a didática ou estágio, pode ser a articuladora de um novo fazer e de um novo pensar a formação de educador.” (FAZENDA, 1993:64)
É o momento em que o professor passa a usar outras tecnologias, mas, apesar de seu olhar para fora da escola, ainda continua preso a ela. Os softwares de autoria são muito trabalhados, como também a Internet. Porem, ainda do ponto de vista informativo, participa de alguns projetos colaborativos; entretanto busca trabalhar o conteúdo escolar.
HEINECK propõe: “Os educadores têm que ser capazes de articular os conhecimentos para que o todo comece a ser organizado, e assim inicie-se a superação da disciplinarização, do saber imposto e distante da realidade vivida pelo educando. Uma prática interdisciplinar, certamente contribuirá para o forjamento de cidadãos conscientes de seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade.”
O quarto momento é marcado pela transcendência além dos muros da escola, escola-bairro, escola-cidade, escola-escola e escola-mundo. É o momento da troca, da comunicação e participação comunitária. É o momento da aprendizagem cooperativa. A preocupação é o processo de aprendizagem, mas voltado para uma interação social. O conteúdo é trabalhado dentro de um contexto, a ênfase é dada à coletividade; a participação política e social, à cidadania.
Como diz LEVY, a construção do conhecimento passa a ser igualmente atribuída aos grupos que interagem no espaço do saber. Ninguém tem a posse do saber, as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas, de forma a fazer uma inteligência coletiva. "É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências." (LÉVY, 1998, p. 28)
O interessante seria que a escola, como um todo, passasse por esses momentos, todavia o que se percebe hoje é que a maioria das escolas estão no segundo momento. Talvez por falta de um projeto pedagógico, do apoio de uma pessoa que exerça a função de um coordenador de Informática, ou melhor, de uma vontade política!
VII - O Coordenador do Laboratório de Informática
Como vimos acima, para introduzir a Informática na escola, não basta ter um laboratório equipado, professores treinados e um projeto pedagógico. A experiência mostra que sem a figura do coordenador de Informática o processo “emperra”. Mas quem é esta pessoa? E por que ela é tão importante?
Peça principal do processo, ele não deve ter apenas uma formação técnica. Muitas escolas contratam técnicos pelo seu baixo custo. Esse profissional deve ter uma formação pedagógica, uma experiência de sala de aula. Não necessita ser um pedagogo, mas que tenha um envolvimento com o processo pedagógico. Deve ser capaz de fazer uma ponte entre o potencial da ferramenta (software educativos) com os conceitos a serem desenvolvidos.
O coordenador não é apenas um facilitador, mas o coordenador do processo, ele deve perceber que o momento de mudar de etapas e de propiciar recurso necessários para impulsionar as engrenagens do processo, como por exemplo: a formação de professores e recursos necessários, como softwares.
O coordenador de Informática dever estar atento e envolvido com o planejamento curricular de todas as disciplinas, para poder sugerir atividades pedagógicas, envolvendo a Informática. Entretanto, sem apoio da coordenação ou da direção, não terá força para executar os projetos sugeridos.
Em resumo, o coordenador de Informática deve:
• ter uma visão abrangente dos conteúdos disciplinares e estar atento aos projetos pedagógicos das diversas áreas, verificando sua contribuição;
• conhecer o projeto pedagógico da escola;
• ter uma experiência de sala de aula e conhecimento de várias abordagens de aprendizagem;
• ter a visão geral do processo e estar receptível para as devidas interferências nele;
• perceber as dificuldades e o potencial do professores, para poder instigá-los e ajudá-los;
• mostrar para o professor que o Laboratório de Informática deve ser extensão de sua sala de aula e esta deve ser dada por ele e não por uma terceira pessoa;
• pesquisar e analisar os softwares educativos;
• ter uma visão técnica, conhecer os equipamentos e se manter informado sobre as novas atualizações;
• estar constantemente receptível a situações sociais que possam ocorrer.

VIII - A Internet na escola
O uso da Internet nas escolas está delimitado, em sua maioria na pesquisa de informação. As pessoas esquecem que o grande potencial da Internet é a comunicação. Entretanto, dentro de nossa visão de processo, isso é admissível. Em um primeiro momento, usamos a Internet como ferramentae sua característica mais marcante que é o acesso à informação.
Após um processo de maturação, percebemos que a Internet é mais que isso: passamos a usá-la como uma rede comunicação. Passamos a participar de projetos e eventos colaborativos mundiais, a participar de Listas de Discussão no qual debatemos e trocamos experiências ea usa-la com ferramenta de expressão política e social.
IX - Conclusão
A Informática educacional, como podemos notar, deve fazer parte do projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola em sua proposta educacional.
Podemos, agora, tirar algumas conclusões importantes sobre a introdução da Informática na escola .Ela ocorre:
• dentro de um processo, com alguns momentos definidos;
• quando existe a figura do coordenador de informática que articula e gerencia o processo, de modo a buscar os recursos necessários e mobilizar os professore
• quando essa introdução está engajada num projeto pedagógico, com o apoio da direção que oferece os recursos necessários.

Referências Bibliográficas
BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação Matemática - coleção tendências em Educação Matemática - Autêntica, Belo Horizonte - 2001
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1993.
FLORES, Angelita Marçal - A Informática na Educação: Uma Perspectiva Pedagógica – monografia- Universidade do Sul de Santa Catarina 1996 - http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm (nov/2002)
FRÓES,Jorge R. M.Educação e Informática: A Relação Homem/Máquina e a Questão da Cognição - http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf
GALLO, Sílvio (1994). Educação e Interdisciplinaridade; Impulso, vol. 7, nº 16. Piracicaba: Ed. Unimep, p. 157-163.
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo-Os caminhos do professor na Era da Tecnologia - Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.
HEINECK, Dulce Teresinha - A Interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem - http://www.unescnet.br/pedagogia/direito9.htm ( nov/2002)
JONASSEN, D. (1996), "Using Mindtools to Develop Critical Thinking and Foster Collaborationin Schools - Columbus
KERCKHOVE, D.A Pele da Cultura. Lisboa: Relógio d’Água, 1997.
LÉVY, Pierre - A inteligência Coletiva - por uma antropologia do ciberespaço - Edições Loyola, São Paulo , 1998.
LÉVY, Pierre.- As Tecnologias da Inteligência. Editora 34, Nova Fronteira, RJ, 1994.
MARÇAL FLORES, Angelita -monografia: A Informática na Educação: Uma Perspectiva Pedagógica. Universidade do Sul de Santa Catarina - 1996 http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm
PENTEADO, Miriam - BORBA, Marcelo C. - A Informática em ação - Formação de professores , pesquisa e extensão - Editora Olho d´Água, 2000 , p 29.
SANTOS VIEIRA , Fábia Magali - Gerência da Informática Educativa: segundo um pensamento sistêmico - http://www.connect.com.br/~ntemg7/gerinfo.htm (nov/2002)
VALENTE, José Armando. "Informática na educação: a prática e a formação do professor". In: Anais do IX ENDIPE (Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino), Águas de Lindóia,1998p. 1-1
www.telecentros.desenvolvimento.gov.br/, Acesso em 22/10/2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Análise do Projeto em Ação

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS
NTE CONCÓRDIA / MEC
PROFESSORA/TUTORA – KAREN A. S. AULER
CURSISTA – Cleide Galvan Bernardi


ATIVIDADE 2.4 – ANÁLISE DO PROJETO NA AÇÃO


1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Título do Projeto: Escola Sustentável.

1.2 Professores: Andréia Lúcia Parizotto, Andréia Rosane Longhini Balzzan, Carina Sândi, Cleide Galvan Bernardi, Dianete Matiolo Frigo, Iara R. S. Castro, Ivonete Zambom, Jane Elisa Wiltgen Savoldi, Jairo Lucas de Mello, Josânia Aparecida Jacovas, Lucilene Frigo Gorlin, Marisete Dal Bello, Noeli Terezinha Borsati da Silva, Rosana Maria Scarsatto, Tânia Maria Wiltgen Menegat e Terezinha Matiolo.

1.3 Escola: EEB Dois Irmãos.

1.4 Disciplinas: Todas as disciplinas curriculares (Artes, Biologia, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia).

1.5 Turma/Classe: Séries Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

1.6 Duração Prevista para o Projeto: O Projeto que teve suas primeiras ações em 2007 não tem previsão para conclusão. Considerando a relevância e necessidade de se trabalhar a temática permanentemente, a escola tenciona tê-lo como parte integrante de suas atividades cotidianas, cujas ações serão avaliadas continuamente sofrendo alterações, modificações e até mesmo supressões se necessário.


2 ANÁLISE DAS AÇÕES DO PROJETO

2.1 Tema
Todos os alunos têm trabalhado com temas relacionados ao meio ambiente e sustentabilidade através de: Leitura e discussão de textos; Produção de poesia (Ensino Fundamental) e redação (ensino Médio), participando do Concurso Municipal do Programa de Coleta Seletiva do Lixo; Análise do ambiente externo da escola seguida de proposição de ações para aproveitamento dos espaços de maneira sustentável; Medição do terreno e dependências da escola seguida da elaboração da planta baixa do terreno e edificações; Registro fotográfico de todos os espaços atuais da unidade escolar, apresentado-os em slides; Construção de maquete da escola com as principais proposições para reaproveitamento dos espaços externos da escola; Apresentação da maquete para a comunidade na Feira Multidisciplinar em 21 de agosto.

2.2 Disciplinas
Na primeira ação do projeto todas as disciplinas estiveram diretamente envolvidas. No segundo momento, as disciplinas de Química, Física, Geografia e Sociologia realizaram um encaminhamento e acompanhamento mais intensificado das ações.

No primeiro momento, os principais conhecimentos mobilizados no projeto foram a base conceitual de sustentabilidade, problemas ambientais, produção e destinação correta do lixo, papel e responsabilidades do cidadão com o meio e com o ambiente em que está inserido os quais foram trabalhados por todas as disciplinas.

No segundo momento os estudos estiveram relacionados a medidas (área, cumprimento, largura, altura, redução de medidas), recorte, colagem, montagem, pintura, pesquisa, leitura e interpretação de textos, estudo sobre ervas medicinais (produção e indicação), coleta de ervas medicinais, preparo de chás, sendo realizados por um grupo de alunos do ensino médio, orientados pelas disciplinas supracitadas.

Para realização dos estudos, alunos e professores se apropriaram de diversos recursos tecnológicos, tais como: câmera fotográfica, computador, data show, internet, fita métrica, cortador de isopor, tesoura, impressora, serra, entre outros.

2.3 Objetivos
Os objetivos previstos estão sendo atingidos. Há certa lentidão em sua concretização em virtude da dificuldade de dedicação de tempo para planejamento e estudo por todas as disciplinas, devido ao cronograma e demanda de trabalho/estudo por elas assumidos anteriormente à proposição do projeto.

2.4 Ações
Dentre as ações previstas para o ano de 2010, até o momento foram concretizadas:
 Reunião pedagógica com professores para início da Construção do Projeto;
 Reunião com Assessoria da prefeitura municipal:Técnico Agrícola e Engenheira Agrônoma;
 Avaliação do espaço externo escolar pelos alunos e professores, com proposição de ações voltadas para a sustentabilidade da escola;
 Registro fotográfico dos espaços externos da escola antes do projeto, realizado por um grupo de alunos da 8ª série II;
 Ajuntamento das ações propostas pelos alunos e professores, com encaminhamento para estudo de viabilidade de realização das ações no espaço escolar pela engenheira agrônoma e paisagista;
 Participação no I Concurso Municipal de Coleta Seletiva do lixo;
 Realização de estudos sobre meio ambiente e sustentabilidade por todos os alunos da escola;
 Realização de oficina sobre a produção de Paródia sobre o meio ambiente com o Grupo de Idosos de Linha Imigra, por um grupo de alunos do Ensino Médio;
 Adaptação de textos seguidos de dramatização sobre o tema em estudo pelos alunos da 8ª série I;
 Medição do terreno e edificações da escola, seguido de construção de mapa/planta baixa da realidade física da escola, encaminhada para projeções das novas ações pela engenheira e paisagista;
 Apresentação da 1ª versão do projeto de engenharia para análise e aprovação pela comunidade escolar;
 Instalação de uma cisterna para captação da água da chuva (primeiras ações);
 Reunião do grupo de trabalho para análise do projeto de engenharia, aprofundar o estudo teórico e planejar a construção de maquete para melhor visualização das proposições pela comunidade escolar;
 Realização de pesquisas e estudos sobre cultivo e utilização de ervas medicinais, importância e construção das cisternas e composteira por um grupo de alunos da 1ª série do Ensino Médio;
 Construção da maquete por um grupo de alunos da 1ª série do Ensino Médio com apresentação para a comunidade na Feira Multidisciplinar em 21 de agosto.

Nesta etapa, destacamos o interesse na análise e proposição de ações para melhoria do entorno escolar por todos os alunos do educandário; a realização da medição do terreno e edificações da escola e construção da planta baixa; a realização de estudo autônomo e construção da maquete pelo grupo de alunos do ensino médio, no contraturno escolar; a adaptação e apresentação teatral sobre o meio ambiente pelos alunos do ensino fundamental; e, as expressivas produções de poesias e redações do concurso.

Das ações propostas, estamos com dificuldades em envolver todas as disciplinas escolares para realização dos estudos teóricos que fundamentam cada ação do projeto, em virtude da falta de tempo para planejamento e estudo, devido ao cronograma e demanda de trabalho/estudo por elas assumidos anteriormente à proposição do projeto.


2.5 Atitudes
Dentre as principais atitudes e valores vivenciados durante a realização das ações do projeto, destacamos: sensibilização e dedicação pela causa ambiental; o interesse e participação na proposição e desenvolvimento das ações; o comprometimento, iniciativa, autonomia, responsabilidade e empenho no planejamento e realização das ações propostas; interesse pela pesquisa; interesse pelo conhecimento e consumo de alimentos orgânicos e chás.


2.6 Resultados

Resultados esperados na etapa 2010 que já foram alcançados:
 Avaliação do espaço externo escolar pelos alunos e professores, com proposição de ações voltadas para a sustentabilidade da escola;
 Estudo de viabilidade das ações propostas;
 Elaboração de projeto de engenharia com as proposições de ações viáveis;
 Construção de maquete para melhor visualização das proposições do projeto;
 Participação de todos os alunos no Concurso Municipal referente à Campanha Castellense de Coleta Seletiva de Lixo;
 Produção e dramatização de peças teatrais sobre os temas em estudo;
 Início da construção da cisterna para captação da água da chuva;
 Estabelecimento de parceria com a APP, Epagri e Prefeitura Municipal.

Resultados esperados na etapa 2010 que ainda não foram alcançados:
 Ampliar a busca de parcerias junto à APP, Prefeitura Municipal, Epagri, SDR e voluntários da comunidade;
 Promover a realização de palestras explicativas e orientadoras sobre construção/instalação de cisternas para captação da água da chuva; organização e preparo de canteiros para jardim e para produção de hortaliças, temperos e chás;
 Instalação orientada de uma cisterna para captação da água das chuvas;
 Avaliação do projeto pelos professores, alunos, comunidade escolar e comunidade em geral.

Para que todas as ações propostas sejam concretizadas plenamente, recomenda-se que representantes de todos os segmentos da comunidade escolar se reúnam para estabelecer as próximas metas/ações a serem executadas até o final do ano letivo. Momento em que se faz necessário estabelecer através do planejamento participativo a ação a ser executada por cada segmento: O que será realizado?, Quem realizará? Como realizará? Quando realizará? Com o que realizará?
CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS
NTE CONCÓRDIA POLO 2 – MEC
PROFª/TUTORA: KAREN ANGÉLICA SEITENFUS AULER
CURSISTA: Cleide Galvan Bernardi.

Atividade 2.5 Podcast com LEA FAGUNDES

Você educador, está pronto para a cultura digital? Através desta questão somos desafiados pela profª Lea Fagundes a refletir sobre nossa prática pedagógica e as TICs e o currículo de nossa escola.
Se pensarmos estar totalmente prontos não precisamos mais buscar, aperfeiçoar-nos, aprender. É preciso aprender sempre, principalmente em se tratando de tecnologias, de cultura digital.
E estar pronto para a cultura digital como nos desafia a profª. Léa, não é simplesmente levar toda tecnologia existente para a sala de aula, e sim fazer uso dela para melhorar nossa prática pedagógica em função de um ensino aprendizagem mais eficaz e de qualidade, fazendo de nós educadores e de nossos alunos, sujeitos ativos e participantes e não meros transmissores e receptores de informações.
Segundo Lucena e Funks (2000), a escola não pode mais ignorar a influência que as tecnologias exercem no processo de aprendizagem dos alunos (...). Não podemos ser ingênuos a ponto de acreditarmos que basta introduzirmos as novas tecnologias no currículo, que todos os problemas educacionais estarão resolvidos. As tecnologias não modificam, por si só nossa prática pedagógica. Na verdade, elas apenas servirão como meios de realização dessa prática. Tecnologia por si só não forma nem professor nem aluno.
Martha Kaschny Borges diz: “ A maneira de garantir o uso dos recursos tecnológicos como ferramentas pedagógicas de forma a contribuir para a produção de conhecimento dos alunos é planejar essa utilização, pois uma recurso tecnológico, por mais rico, envolvente e motivador que possa ser, jamais dispensa o trabalho de planejamento, que é tarefa do professor; jamais vai suprir seu papel enquanto orientador da atividade e mediador do conhecimento para o aluno. Nossos recursos tecnológicos são meios para a construção do conhecimento e não fins em si próprios”.
Diante disso, será que estamos realmente prontos para a cultura digital?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CURRÍCULO E SUAS CARACTERÍSTICAS

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS
NTE CONCÒRDIA POLO 2 – MEC
PROFª /TUTORA: KAREN ANGÉLICA AULER
CURSISTA: Cleide Galvan Bernardi.

Atividade 2.2 – Currículo e suas características

Currículo, tudo o que move a unidade escolar, é tudo o que acontece na escola. Não existe um único currículo na escola, mas inúmeros currículos redes, plurais, complexos e impossíveis de ser apreendidos em sua totalidade, diz Carlos Eduardo Ferraço (revista Pátio, fev/abril 2006).
O currículo tem que ser entendido como cultura real, que surge de uma série de processos. E pensar os currículos de uma escola pressupõe viver seu cotidiano, que inclui toda uma dinâmica das relações estabelecidas, diz Sacristán.
Segundo Nóvoa, o currículo precisa ser estruturado a partir de novos paradigmas, onde professor e alunos aprendem juntos, conforme itens a seguir:

ONTEM:
*Como se ensina?
*O conhecimento se transfere.
*O aluno é passivo.
*O conhecimento está pronto/verdade.
*Conhecimento desvinculado da realidade.
*Aprendizagem mecânica.
*Disciplinas.
*Objetivo da educação é o conteúdo.
*Os conteúdos são o fim em si mesmos.
*O professor é a fonte da informação.
*O professor é o transmissor do conhecimento (ENSINA).
*O professor deve dominar os conteúdos da sua disciplina.
HOJE:
*Como o aluno aprende?
*O conhecimento se constrói.
*O aluno é agente de seu aprendizado.
*O conhecimento é dinâmico.
*Conhecimento contextualizado, ancorado na realidade.
*Aprendizagem significativa, duradoura.
*Interdisciplinaridade, transversalidade.
*Objetivo da educação é o desenvolvimento de habilidades e competências, inteligências, atitudes e valores.
*Os conteúdos são os meios para o desenvolvimento de habilidades e competências, inteligências, atitudes e valores.
*As fontes da informação são os livros, CDs, DVDs, revistas, jornais, televisão, rádio, internet, celular.
*O professor é o mediador entre o conhecimento/aluno/realidade (FAZ APRENDER) e também aprende.
*O professor deve ser um especialista no processo de aprendizagem.
Fonte: (FERRAZ, 2002:186)

Dados retirados do Caderno Pedagógico, versão II CURRÍCULO de Maria Conceição Coppete, do Curso de Pedagogia a Distância da Universidade do Estado de Santa Catarina – Centro de Educação a Distância - CEAD, Florianópolis, 2003.

Um currículo pensado, trabalhado desta maneira, quebrando paradigmas e com o auxílio de todos os recursos tecnológicos disponíveis nos dias de hoje como ferramentas facilitadoras da aquisição do conhecimento para o aluno, transformando-o em aprendizagem significativa, faz toda a diferença em nossa prática pedagógica.
Os recursos tecnológicos devem ser usados como instrumentos mediadores, facilitadores no processo de ensino-aprendizagem, buscando sustentação para rompermos com a fragmentação entre teoria e prática.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Proposta de Projeto

1. IDENTIFICAÇÃO
Nome do Cursista:Cleide Galvan Bernardi
Nome da Escola:EEB Dois Irmãos Local: Presidente Castello Branco, SC
Série: Séries Finais do Ensino Fundamental e Médio Número de alunos: 234
Professores envolvidos: Andréia Lúcia Parizotto, Andréia Rosane Longhini Balzzan, Carina Sândi, Cleide Galvan Bernardi, Dianete Matiolo Frigo, Iara Reinke Soares Castro, Ivonete Zambom, Jairo Lucas de Mello, Jane Elisa Wiltgen Savoldi, Josânia Aparecida Jacovas, Lucilene Frigo Gorlin, Marisete Dal Bello, Noeli Terezinha Borsati da Silva, Rosana Maria Scarsatto, Tânia Maria Wiltgen Menegat e Terezinha Matiolo.

2. PROBLEMÁTICA A SER ESTUDADA / DEFINIÇÃO DO TEMA
Os problemas ambientais decorrentes da incorreta ação do homem têm causado diversos danos ao planeta, provocando danos no espaço vegetal, animal e mineral do território de Presidente Castello Branco, afetando a vida e o bem estar dos seres que o habita especialmente sua população.

Frente ao exposto, a comunidade escolar da EEB Dois Irmãos tem feito o seguinte questionamento: A escola, espaço destinado para a formação do cidadão pleno, poderá se constituir como laboratório possibilitador de reflexões e ações que subsidiem os educandos para uma mudança de atitudes, valores e comportamentos voltados para a superação do problema ambiental deste tempo, vivendo e agindo de forma sustentável?

3. JUSTIFICATIVA
Ensinar a criança a produzir ao invés de consumir e gastar, aprendendo a obter o que precisa no presente sem comprometer a estrutura necessária para que as futuras gerações possam viver dignamente está dentre as principais competências da escola do presente século.

Os estudos ambientais recentes e sua respectiva veiculação na mídia têm feito com que estudantes e professores conheçam a realidade ambiental local e global, seus problemas emergentes, e a necessidade de ações urgentes em favor de sua recuperação e proteção.

Sabendo que a transformação dos seres humanos acontece dentro do viver a vida cotidiana, a escola s constitui como espaço ideal para envolver crianças, adolescentes e jovens com o ambiente escolar em sua totalidade, com destaque para os espaços externos: vegetação, canteiros, jardins, áreas livres e inadequadamente aproveitadas ou ociosas. Assim, é preciso considerar este espaço como sendo o início de um sólido aprendizado que conduzirá à criação de uma consciência sustentável e a um relacionamento consciente e responsável entre o homem e a natureza.

Assim, através do projeto passaremos a pensar o espaço escolar como um espaço de sustentabilidade. Dentre as ações previstas destacamos a produção/construção, compreensão e socialização de conhecimentos (contextualizando-os e atribuindo-lhes sentido); redução na produção de lixo; separação e destinação correta do lixo escolar; construção de cisterna para captação da água da chuva; incentivo à produção de alimentos orgânicos como a produção de temperos, chás, legumes, verduras e frutas no espaço escolar; construção de composteira; transformação de espaços ociosos em salas de aula ao ar livre; modificação/ampliação do jardim escolar; captação da energia solar, produzindo energia renovável com garrafas pet; entre outros possíveis e que se fizerem necessários sugeridos pelo coletivo escolar ou por ele aprovados.

4. OBJETIVO (S)
OBJETIVO GERAL: Promover o desenvolvimento de competências, habilidades, atitudes, valores e comportamentos com foco na sustentabilidade, mediante a implantação de práticas sustentáveis na escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Promover momentos de estudo e reflexão que levem o estudante a constituir-se e sentir-se agente e sujeito do meio e do ambiente em que está inserido, reconhecendo a interdependência e interrelação entre o homem e o meio ambiente para melhor conhecê-lo, respeitá-lo, recuperá-lo e preservá-lo.
 Conhecer metodologias para a criação de ambientes produtivos, sustentáveis e ecológicos que possibilitam o homem habitar a terra sem destruí-la;
 Criar espaços aprazíveis para os alunos;
 Incentivar a produção e consumo de produtos orgânicos visando uma melhora na qualidade dos alimentos e incentivando-os a uma alimentação saudável;
 Aproximar a escola da comunidade, ampliando o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação melhorando o relacionamento entre os seres humanos e a natureza;
 Envolver os educandos em atividades práticas de produção (construção, inovação, modificação de cisterna, composteira, horta, jardim, pomar, lixeiras), promovendo o desenvolvimento da cooperação, autonomia, solidariedade, iniciativa, participação e responsabilidade individual e social;
 Otimizar a utilização dos espaços escolares, transformando a escola num laboratório de (re)construção de saberes, de apropriação dos conteúdos produzidos e sistematizados ao longo da história, experienciando-os na prática escolar.

5. CONTEÚDOS
 (Re)construir o conceito de meio ambiente, ecologia, globalização, permacultura, sustentabilidade e de escola sustentável;
 Problemas ambientais (desequilíbrio ambiental; secas prolongadas (provocando estiagens e escassez de água); chuvas torrenciais (provocando erosão, deslizamentos de terras de encostas, desmoronamentos de terras e edificações, inundações); vendavais destruindo edificações e plantações; entre outros);
 Qualidade de vida (hábitos, atitudes e comportamentos que promovam uma vida saudável, como consumo de alimentos naturais e sem a utilização de agrotóxicos;
 Lixo: produção, destinação, redução...;
 Espaços de reaproveitamento dos recursos naturais e de transformação de resíduos para posterior utilização, tais como: cisternas, minhocário, composteira, horta, jardim, pomar, viveiro de mudas;
 Delimitação de áreas, medidas, cálculos (área, perímetro...);
 Produção textual (relatório, roteiro, dissertação, narração, poesia, convite, bilhete, agradecimento, entrevista, diálogo);
 Localização (espaço, tempo...).

6. DISCIPLINAS ENVOLVIDAS
Todas as disciplinas (Artes, Biologia, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia).

7. METODOLOGIA / PROCEDIMENTOS / CRONOGRAMA
O projeto proposto será guiado pela metodologia participativa, cujas ações permitem a atuação efetiva dos participantes, valorizando seus conhecimentos e experiências, envolvendo-os nas discussões, identificação e busca de soluções para as insuficiências e necessidades suscitadas para saber olhar e transformar seu espaço, criar ações e mobilizar as pessoas e a comunidade.

Os estudos dos conteúdos curriculares serão fundamentados na concepção pedagógica sociointeracionista, enfatizando conceitos relacionados à sustentabilidade, ecologia e permacultura. Para interpretar e usufruir das produções culturais e expressar e comunicar suas idéias, alunos e professores se utilizarão das diferentes linguagens: verbal, temporal, plástica, corporal, gráfica, matemática.

Dentre as ações destacamos: Visitas, discussão, análise, produção textual, delimitação de espaços, medidas, cálculos, construção de mapas, leitura de mapas, registros (fotográficos, filmagens, gravações, relatórios, entrevistas...), produção e declamação de poesias, dramatização de histórias (criadas e (re)criadas, oficinas de estudos, planejamentos, pesquisas e debates; construção de maquetes, participação no processo de construção de cisterna, composteira, horta, jardim, pomar.

1ª Etapa:
 Avaliação do espaço externo escolar pelos alunos e professores, com proposição de ações voltadas para a sustentabilidade da escola;
 Estudo de viabilidade das ações propostas;
 Elaboração de projeto de engenharia com as proposições de ações viáveis;
 Construção de maquete para melhor visualização das proposições do projeto;
 Participação de todos os alunos no Concurso Municipal referente à Campanha Castellense de Coleta Seletiva de Lixo;
 Produção e dramatização de peças teatrais sobre os temas em estudo;
 Busca de parcerias junto à APP, Prefeitura Municipal, Epagri, SDR e voluntários da comunidade;
 Palestras explicativas e orientadoras sobre construção/instalação de cisternas para captação da água da chuva; organização e preparo de canteiros para jardim e para produção de hortaliças, temperos e chás;
 Construção/instalação orientada de uma cisterna para captação da água das chuvas;
 Avaliação do projeto pelos professores, alunos, comunidade escolar e comunidade em geral.

8. RECURSOS A SEREM UTILIZADOS (TECNOLÓGICOS OU NÃO)
Humanos: Alunos, professores, direção, assistentes, funcionários da escola, APP, Conselho Deliberativo, Grêmio Estudantil, SDR de Concórdia, GERED de Concórdia, CONDEMA, Epagri, Prefeitura Municipal, Funcionários das Secretarias da Agricultura, Educação, Transportes e Obras e Saúde, nutricionista, engenheiros (agrônomo, civil e florestal), paisagista, Consórcio Lambari, famílias, voluntários da comunidade.

Físicos: Salas de aula; laboratórios de informática e de ciências; área externa da escola; biblioteca; refeitório; área coberta; aterro sanitário municipal e cozinha escolar.

Materiais: Material de uso comum (lápis grafite, borracha, caneta, régua, apontador,); tesoura; grampeador; perfurador; guilhotina; lápis grafite e de cor; tinta (guache, de tecido, acrílica, a óleo); papéis (ofício, A4, pardo, cartolina, duplex, espelho, crepom, dobradura); fita adesiva (durex e gomada); cola (para papel, tecido, couro, tábua, canos, plástico em geral); CDs e DVDs virgens; eletrônicos e tecnológicos (televisor, vídeo cassete, aparelho de DVD, aparelho de som, computador, impressora, fotocopiadora, data show, telefone, câmera fotográfica, filmadora, retroprojetor de lâminas); veículo de transporte (para realização de visitas de estudos); material de construção para construção da cisterna, composteira, horta, jardim e pomar; e, ferramentas e utensílios para realização das atividades na horta, jardim e pomar.

9. REGISTRO DO PROCESSO
O processo será registrado através: de produção de mapas, de produções textuais (relatório, roteiro, dissertação, narração, poesia, convite, bilhete, agradecimento, entrevista, diálogo); de registros fotográficos, filmagens e gravações.

10. AVALIAÇÃO E RESULTADOS ESPERADOS
O projeto será avaliado através da participação e envolvimento de todos os alunos, professores, entidades democráticas da escola, comunidade escolar e voluntários; pelo resultado das ações ´propostas/realizadas e, principalmente, pela construção dos conhecimentos pelos alunos ao longo das atividades.

11. DIVULGAÇÃO / SOCIALIZAÇÃO DO PROJETO REALIZADO
Os resultados serão divulgados em Mostras Escolares do Conhecimento, Reuniões Pedagógicas, Conselhos de Classe, Momentos Cívicos, Jornal, Blog, Mural Escolar.

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. O que é Educação Ambiental? Programa de Gestão Ambiental. Ministério Público Federal. Procuradoria Geral da República. Brasília, DF. Disponível em: http://pga.pgr.mpf.gov.br/pga/educacao/que-e-ea/o-que-e-educacao-ambiental. Acesso em 19 de Jul. 2010.

______. Alguns Conceitos de Educação Ambiental. Programa de Gestão Ambiental. Ministério Público Federal. Procuradoria Geral da República. Brasília, DF. Disponível em: http://pga.pgr.mpf.gov.br/pga/educacao/alguns-conceitos/alguns-conceitos-de-educacao-ambiental. Acesso em 19 de Jul. 2010.

______. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Programa de Gestão Ambiental. Ministério Público Federal. Procuradoria Geral da República. Brasília, DF. Disponível em: http://pga.pgr.mpf.gov.br/boletins/arquivos-de-boletins-2009/tratado-de-educacao-ambiental-para-sociedades-sustentaveis-e-responsabilidade-global. Acesso em 19 de Jul. 2010.

______. Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999 que Institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: Acesso em: 19 de Jul. 2010.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente. Disponível em: <> Acesso em: 21 de Jul. 2010.

GONÇALVES, Sílvia N. Carta da Terra Para Crianças. NAIA: Núcleo de Amigos da Infância e da Adolescência. Disponível em: http://www.cartadaterra.com.br/pdf/CTparacriancasNAIA.pdf
Acesso em 19 Jul 2010.

IPEC, O Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. O que é uma escola sustentável. Pirenópolis, Goiás. Disponível em: . Acesso em 21 Jul. 2010.

_____. O que é Permacultura. Pirenópolis, Goiás. Disponível em: < page_id="14">. Acesso em 21 Jul. 2010.

_____. 10 Motivos para Começar a Mudar sua Escola. Pirenópolis, Goiás. Disponível em: . Acesso em 21 Jul. 2010.

_____. Deixe o Verde Perto. Pirenópolis, Goiás. Disponível em: < page_id="19">. Acesso em 21 Jul. 2010.

SONY PICTURES. Filme 2012. Aventura. Direção de Roland Emmerich, 158 min.

WIKIPÉDIA. Meio Ambiente. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_ambiente. Acesso em 20 Jul 2010.

__________. Sustentabilidade. Disponível em: . Acesso em 21 Jul 2010.

__________. Ecovilas. Disponível em: . Acesso em 21 Jul 2010.

OBS: Referencial bibliográfico está em construção. As bibliografias para os demais temas do estudo estão sendo consultadas/lidas. Assim que selecionadas integrarão as Referências deste projeto.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Banco de Projetos

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS
NTE CONCÒRDIA POLO 2 – MEC
PROFª /TUTORA: KAREN ANGÉLICA SEITENFUS AULER
CURSISTA: Cleide Galvan Bernardi.

Nome do Cursista: Cleide Galvan Bernardi.

Nome da Escola: Escola de Educação Básica Dois Irmãos

Séries: Ensino Fundamental e Médio.

Envolvidos: Direção, Professores, Alunos e Funcionários da Escola.

Título do Projeto: “Momento do Hino”

Características do projeto: O projeto é interdisciplinar, uma vez que estão envolvidos todos os professores com suas respectivas disciplinas.

Tecnologias utilizadas: Aparelho de som e Cd.

Descrição geral do Projeto:

O projeto “Momento do Hino”, é realizado toda segunda-feira, no início da aula ou retorno do recreio, nos períodos matutino, vespertino e noturno envolvendo direção, professores presentes no momento, todos os alunos e funcionários da escola.
Este trabalho vem sendo realizado a vários anos e terá continuidade nos próximos, com suas respectivas modificações.
Em cada turno e segunda – feira dois alunos de uma série, seguram a Bandeira Nacional de frente para os demais presentes, para a execução do Hino Nacional.
Para segurar a Bandeira é feito uma escala com o dia do mês, a turma/série e o período conforme tabela anexa. A escala é feita pela Professora Cleide, responsável da biblioteca da escola.
A escala é feita por mês, seguindo a ordem de onde parou no mês anterior e exposta no mural para facilitar a visualização da mesma.
Na última segunda - feira de cada mês, após cantar o Hino, são chamados alunos, professores e funcionários aniversariantes do mês para cantar parabéns.

domingo, 4 de julho de 2010

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS
NTE CONCÓRDIA POLO 2 – MEC
PROFª/TUTORA: KAREN ANGÉLICA SEITENFUS AULER
CURSISTA: Cleide Galvan Bernardi.

Atividade 1.3 PROJETOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Todo projeto é indisciplinar? É possível desenvolver um projeto focado em um tema de uma determinada área do conhecimento?
Essas indagações precisam ser feitas sempre que se pensa em trabalhar o conteúdo em forma de projetos, uma vez que as áreas do conhecimento são inúmeras e, por isso, devem ser claramente definidas para facilitar a pesquisa bibliográfica, fichamentos, arquivos etc.Contudo, isso não quer dizer que todo conhecimento obrigatoriamente seja construído por meio de projeto, segundo Mariano Batista Alencar.
Porém, de nada adianta envolvermos toda a escola, todas as disciplinas, se este trabalho não vem acrescentar nada ou quase nada na aprendizagem significativa do aluno, sendo este o principal motivo para o trabalho.
Como menciona a Profª Maria Elizabeth, o aluno precisa ser sujeito ativo da aprendizagem e os professores precisam estar neste processo como instigadores de seus alunos, na busca de respostas para suas indagações. “As principais vantagens de se trabalhar através de projeto é que a aprendizagem passa a ser significativa, centrada nas relações e nos procedimentos. Uma vez identificado o problema e formuladas algumas hipóteses, é possível traçar os passos seguintes: definição do material de apoio para a pesquisa, que será utilizado para a busca de respostas, de confirmação ou não das hipóteses levantadas. As ações a serem desenvolvidas evidentemente serão determinadas pelo tipo de pesquisa.” “O trabalho com projetos é positivo tanto para o aluno quanto para o professor. Ganha o professor, que se sente mais realizado com o envolvimento dos alunos e com os resultados obtidos; ganha o aluno, que aprende mais do que aprenderia na situação de simples receptor de informações. Assim a informação passa a ser tratada de forma construtiva e proveitosa e o estudante desenvolve a capacidade de selecionar, organizar, priorizar, analisar, sintetizar.”
O projeto nasce de um questionamento, de uma necessidade de saber, que pode surgir tanto do aluno quanto do professor. A chave do sucesso de um projeto está em sua base: a curiosidade, a necessidade de saber, de compreender a realidade.
A propósito deste enfoque, Fernando Henandez (1998) diz que, “convém destacar a introdução dos projetos de trabalho como uma forma de vincular a teoria com a prática e a finalidade de alcançar os objetivos”.
Para Paulo Freire, ao trabalhar com projetos interdisciplinares, “tanto educadores quanto educandos envoltos numa pesquisa, não serão mais os mesmos. Os resultados devem implicar em mais qualidade de vida, devem ser indicativos de mais cidadania, de mais participação nas decisões da vida cotidiana e da vida social. Devem, enfim, alimentar o sonho possível e a utopia necessária para uma nova lógica de vida”. O trabalho com projetos exige do professor uma postura diferenciada. Este precisa introduzir uma nova maneira de fazer na qual o processo de reflexão e interpretação sobre a prática seja a pauta que permite tornar significativa a relação entre o ensinar e o aprender.
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